terça-feira, 9 de março de 2010

SERRA  X  DILMA

O post abaixo é uma primeira versão de uma biografia comparada entre José Serra(PSDB-SP) e Dilma Rousseff(PT-RS), para ser espalhada pelos quatro cantos do Brasil. Não há nenhuma mentira neste levantamento de dados e fatos sobre a vida pública dos dois oponentes. Os Blogs pela Democracia tem o papel de colocar a verdade para o eleitorado médio, aquele que está longe dos blogs políticos. Precisamos, além do nosso trabalho dentro do nosso ambiente, transformar este tipo de post em e-mail, em corrente, em material para orkut, em informação para as redes sociais. Este é o nosso trabalho. Aprimorem esta comparação. Criem a sua própria. Levantem novos dados. O importante é confrontar os dois candidatos. Quando a campanha começar, boa parte do Brasil já vai estar conhecendo José Serra e Dilma Rousseff, com capacidade de julgar e escolher o que é melhor para o Brasil.


Aí vai, etapa por etapa, a vida dos dois:

José Serra tem 68 anos, é paulista, filho de imigrantes italianos, o pai vendedor de frutas no Mercado Público, foi criado em uma pequena casa quarto e sala, geminada com outras 24, em São Paulo.

Dilma Rousseff tem 62 anos, é mineira, filha de um imigrante húngaro, rico empreiteiro e dono de construtora, proprietário de dezenas de imóveis em Belo Horizonte, foi criada em um grande e espaçoso apartamento em Belo Horizonte.

Somente quando chegou ao Científico, a família Serra mudou-se para um apartamento de dois quartos, alugado. Antes disso, moraram em uma pequena casa em rua de chão batido.

Imóvel não era problema para a rica família Rousseff, que passava férias no Rio. Um dos espaçosos apartamentos foi cedido para Dilma utilizar, exclusivamente, como esconderijo seguro para os grupos terroristas dos quais participava, de onde saíam para praticar atentados, roubar e seqüestrar.

No início dos anos sessenta, vinculado à política estudantil, Serra foi presidente da União Estadual de Estudantes, de São Paulo, e da União Nacional dos Estudantes, com apoio da Juventude Católica. Democrata, sempre usou o palanque e a tribuna como armas, jamais integrando grupos terroristas e revolucionários manipulados pelo comunismo internacional.

Dilma, por sua vez, neste mesmo período, fazia política estudantil nas escolas mais burguesas de Belo Horizonte. Em 1963, ingressou no curso clássico e passou a comandar uma célula política em uma das mais tradicionais escolas da cidade, onde conheceu futuros companheiros de guerrilha, como o atual prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel.

Em 1964, Serra exilou-se na Bolívia e, posteriormente, na França, retornando ao Brasil em 1965, na clandestinidade. Ainda neste ano, foi para o Chile, onde ficou durante oito anos. Com a queda de Allende, foi para a Itália e, posteriormente, para os Estados Unidos. Teve uma vida extremamente produtiva no exílio, onde adquiriu sólida formação acadêmica, foi professor e consultor.

Em 1964, Dilma começou a conviver com terroristas de esquerda, iniciando a sua carreira como militante na luta armada. Neste período ingressou na POLOP, Política Operária, onde militou até ingressar na universidade.

Em 1967, Serra casou-se com a psicóloga e bailarina Sílvia Mônica Allende, com quem tem dois filhos e dois netos e continua até hoje casado.

Dilma também casou-se em 1967, com o terrorista e guerrilheiro Cláudio Galeno de Magalhães Linhares ("Aurelio", "Lobato"). Quando o primeiro marido a deixou, para ir cumprir missões em outros países, sequestrando um avião no Uruguai, por exemplo, teve um segundo casamento com Carlos Franklin Araújo, com quem teve uma filha. Desde 2000, não está casada.

Serra interrompeu a sua formação acadêmica em função do exílio, que impediu que seguisse a carreira de Engenheiro. No entanto, no Chile, fez um mestrado em Economia e foi professor de matemática na CEPAL. Posteriormente, nos Estados Unidos, fez mais um mestrado e um doutorado na prestigiada Universidade de Cornell.Tem uma das mais sólidas formações na área no Brasil.

Dilma ingressou em 1967 na faculdade de Ciências Econômicas da UFMG. Ali participou da criação do sanguinário grupo COLINA, Comando de Libertação Nacional. Posteriormente, participou ativamente da fusão entre a COLINA e a VPR, Vanguarda Popular Revolucionária, quando surgiu a violenta VAR-P, Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, responsável por dezenas de crimes contra civis e militares.

Serra permaneceu 10 anos longe do Brasil. Retornou em 1977, dois anos antes da Lei da Anistia, sendo um dos únicos que voltou sem nenhuma garantia de liberdade e ainda com os direitos políticos cassados.

Enquanto isso, Dilma estava na clandestinidade, participando de ações armadas, recebendo treinamento para guerrilha no exterior, ministrado por organizações comunistas internacionais. Aprendeu a usar o fuzil com maestria, especialmente na atividade de montá-lo e desmontá-lo no escuro. Foi presa em 1970, permanecendo nesta condição até 1973.

Em 1978, Serra iniciou a sua carreira política, que este ano completa 32 anos. Neste ano, teve sua candidatura a deputado impugnada, sob a alegação de que ainda estava com os direitos políticos suspensos. Foi admitido como professor de Economia na UNICAMP, onde ficou até 1984.

Em 1973, Dilma Rousseff retomou o curso de Economia na UFRGS, no Rio Grande do Sul, onde estava preso seu segundo marido, Carlos Araújo. Ingressou, junto com o marido, no PDT e recebeu um cargo de estagiária na Fundação de Economia e Estatística, em 1977. Em 1978, Dilma Rousseff começou a fazer o mestrado na UNICAMP e, depois, o doutorado. Durante anos, mentiu em seu currículo que tinha concluído os dois cursos quando, na verdade, mal cursou os créditos, que representa quando muito 10% de um título acadêmico strictu sensu.

Em 1983, Serra iniciou, efetivamente, a sua carreira como gestor, assumindo a Secretária de Planejamento do Estado de São Paulo.

Em 1985, Dilma assumiu a Secretaria Municipal da Fazenda, em Porto Alegre, no governo do pedetista Alceu Collares, com quem tem uma dívida de gratidão. Hoje Collares é conselheiro de Itaipu.

Em 1986, Serra foi eleito deputado constituinte, com a maior votação do estado de São Paulo. Foi o deputado que aprovou mais emendas no processo da Constituinte: apresentou 208 e aprovou 130, uma delas criando o Fundo de Amparo ao Trabalhador. Liderou toda a reformulação orçamentária e de planejamento do país, no período, que começaram a estruturar as finanças brasileiras, preparando-as para o futuro Plano Real.

Dilma saiu da Secretaria da Fazenda de Porto Alegre em 1988, sendo substituída pelo hoje blogueiro Políbio Braga, que afirma: "ela não deixou sequer um relatório, e a secretaria era um caos."

Serra foi um dos fundadores do PSDB, em 1988. Foi derrotado por Luiza Erundina, do PT, nas eleições para prefeito de São Paulo. Em 1990, foi reeleito deputado federal com a maior votação em São Paulo.

Em 1989, Dilma foi nomeada Diretora-Geral da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, na cota do marido no PDT. Alguns meses depois foi demitida, pois não obedecia horários e faltava a todas as reuniões, segundo Valdir Fraga, o presidente da Casa, à época.

Em 1994, Serra foi um dos grandes apoiadores do Plano Real, mesmo com idéias própria que o indispuseram, por exemplo, com Ciro Gomes. Neste ano, foi eleito senador por São Paulo, com mais de seis milhões de votos. Em seguida, assumiu o Ministério do Planejamento.

Em 1995, voltou para a FEE, mas como funcionária, já que o PDT havia perdido a eleição. Ali editou uma revista de indicadores econômicos, enquanto tentava acertar o seu “doutorado” na UNICAMP.

Em 1998, José Serra assumiu o Ministério da Saúde, criando os genéricos e o Programa de Combate a AIDS. Criou a ANS e ANVISA. Foi considerado, internacionalmente, como uma referência mundial em gestão na área.

Em 1998, na cota do PDT, assume a Secretaria de Minas e Energia, no governo petista de Olívio Dutra, eleito governador gaúcho.Vendo que o partido de Brizola estava decadente, ingressou no PT.

Em 2002, Serra candidatou-se à Presidência, sendo derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva.

Em 2002, Dilma foi nomeada ministra das Minas e Energia do governo Lula, puxando o tapete de Luiz Pinguelli Rosa, mestre em engenharia nuclear e doutor em física, que coordenava o grupo de transição.

Em 2004, Serra elegeu-se Prefeito de São Paulo.

Em junho de 2005, Dilma assumiu o lugar de José Dirceu, o chefe da sofisticada organização criminosa do mensalão, sendo saudada por ele como “companheira de armas e de lutas”, em memória aos tempos da guerrilha.

Em 2006, elegeu-se Governador de São Paulo, cargo que exerce até os dias de hoje. É o candidato natural da oposição à Presidência da República.

De lá para cá, vem sendo imposta por Lula como a candidata biônica do PT à presidência da república. No dia 20 de fevereiro de 2010, foi ungida, sem nunca ter conquistado um só cargo público pelo voto ou por concurso, a candidata da situação à sucessão de Lula.

fonte ADPF-RS

5 passos para salvar 4 milhões
ONU quer reduzir mortes causadas por acidentes em 50% até 2020. Brasil sai atrás no combate à violência no asfalto

Impedir que 4 milhões de pessoas venham a morrer em acidentes de trânsito nos próximos dez anos. Este é o objetivo da ONU ao declarar o período de 2011 a 2020 como a primeira “Década de Ação pela Segurança no Trânsito”. A intenção é alertar os governos nacionais para o problema e levá-los a se comprometer com uma meta de redução global das mortes no trânsito. O número é ousado, mas uma receita com cinco itens básicos pode garantir o sucesso da empreitada.

A diminuição de 50% até 2020 implica uma taxa de redução de 6,7% a cada ano. No final da década, seriam 3,95 milhões de vidas poupadas da violência no trânsito. Segundo a Organização Mun­dial da Saúde (OMS), 1,3 milhão de pessoas morrem no trânsito a cada ano. Acidentes são a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

O objetivo é viável, garantem especialistas da área. Países como o Japão e a Espanha conseguiram reduzir drasticamente o número de mortes no trânsito ao adotarem um modelo que envolve a articulação de diversos setores da sociedade. Esse modelo, defendido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pode ser sintetizado em cinco pontos: a criação de uma agência governamental para tratar especificamente da violência no trânsito; adoção de padrões rigorosos de segurança dos veículos; investimento em infraestrutura; mudança de comportamento da população; e um melhor atendimento após o acidente. Essas propostas estão sendo discutidas no seminário Viver Seguro no Trânsito, que começou ontem em Curitiba.

O Brasil começa essa luta na lanterna. Segundo a OMS, 91% das mortes no trânsito acontecem em países de baixa e média renda. Nesses países, vivem 85% da população mundial, mas estão apenas 48% dos veículos. Dos dez países com as mais altas taxas de mortalidade no trânsito, nove estão nesse grupo. Entre eles China, Índia, Rússia e Brasil. Aqui, 19 pessoas morrem no trânsito por ano para cada 100 mil habitantes, segundo o Ministério da Saúde. Acidentes de trânsito são a segunda maior causa de morte não natural, atrás de homicídios. Em 2008, foram 36,7 mil óbitos no país.

Além do custo humano, os acidentes representam um prejuízo de R$ 28,2 bilhões por ano, segundo estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). Para especialistas, os países mais pobres estão passando por uma situação que os ricos enfrentaram na década de 60: uma explosão no número de veículos desacompanhada das medidas que poderiam conter um crescimento proporcional nos acidentes. “O Brasil não precisava passar por isso tendo em vista a experiência de outros países, que levaram um tempo para adaptar sua legislação, intensificar a fiscalização e investir em educação para o trânsito. Feito isso, as taxas começaram a cair”, receita o presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos, Ailton Brasiliense.

Prevenção

Leis rigorosas, aplicadas e difundidas são o caminho para mudar o comportamento da população no trânsito, avalia. Esse é o principal objetivo do projeto R10, que a OMS irá propor aos 10 países de média e baixa renda com trânsito mais violento. A ideia é disponibilizar o conhecimento técnico da organização para que os governos articulem campanhas de prevenção, como um primeiro passo para a adoção do modelo completo da OMS. A proposta será apresentada aos ministérios da Saúde e dos Trans­portes até o fim dessa semana.

A parceria chega em um momento oportuno, quando o Ministério da Saúde está preocupado com o aumento dos acidentes em cidades pequenas. Nos últimos 20 anos, a taxa de mortalidade em cidades com mais de 500 mil habitantes caiu de 27 para 21, enquanto nas com me­­nos de 100 mil, subiu de 17 para 21 para cada 100 mil habitantes. O cenário é reflexo do aumento da frota no interior. O governo brasileiro ainda não se comprometeu com uma meta, mas o diretor de Análise de Situação do Ministério da Saúde, Otaliba Libânio, crê que uma redução de 50% até 2020 é viável. “Nosso objetivo será aumentar o efeito da lei seca. Vimos que ela tem um impacto profundo, se levada a sério”, adianta.

Exemplos não faltam. O Japão foi de uma taxa de 22 mortes no trânsito para cada 100 mil habitantes, nos anos 60, para 5 mortes, 20 anos depois. A Espanha conseguiu controlar uma escalada vertiginosa das mortes em acidentes nos anos 90 depois que transformou sua Direção-Geral de Tráfego (DGT) de um mero emissor de licenças em um órgão para o combate à violência no trânsito. O DGT é famoso por suas campanhas agressivas e derrubou para menos da metade o número de mortos – de 9 mil para 3,5 mil.

Observatório

Além de discutir propostas para o combate à violência no trânsito, o seminário Viver Seguro no Trânsito deve terminar com a criação do Observatório de Trânsito do Paraná, iniciativa que envolve ONGs, entidades do setor de automóveis e seguros e órgão públicos. O observatório irá produzir estudos e análises de experiências bem sucedidas para subsidiar a criação de políticas públicas nos municípios do estado.

no www.gazetadopovo.com.br