segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Prefeitura limpa rios para combater enchentes no Cajuru
 
A Prefeitura de Curitiba terminou nesta segunda-feira (1) o desassoreamento e a limpeza das margens do córrego Jardim Natália, no Cajuru, que acompanha o traçado da rua João Luiz Bettega, no trecho de 550 metros entre as ruas Santa Lucia e linha férrea. Foram duas semanas de trabalho para retirar cerca de 200 toneladas de lixo, vegetação e terra que atrapalhavam o curso da água e causavam risco de alagamento na região.

O córrego Jardim Natália faz parte do complexo de córregos que formam a bacia do Rio Atuba. O córrego é canalizado em "U", com o fundo e as laterais revestidas por concreto, com 1,5 metro de profundidade. Nos pontos mais assoreados, o leito do rio estava apenas 20 centímetros abaixo das margens.

A limpeza completa evitará o risco de alagamentos na região, mesmo com o grande volume de chuvas esperado até o fim do verão. "Temos feito um grande esforço para combater os riscos de alagamentos e para contornar os problemas causados por quem ainda insiste em jogar lixo nos rios. A população também precisa fazer sua parte", afirma o prefeito Beto Richa.

As equipes da Prefeitura usaram uma escavadeira hidráulica para remover o entulho e a sujeira na maior parte do córrego, mas em alguns trechos o trabalho teve que ser manual, como nas galerias que passam embaixo da Avenida do Trabalhador. Nas margens dos rios, onde muito lixo acaba enroscado na vegetação, a limpeza também foi manual.

Nesta terça-feira (2) as equipes de limpeza de rios da Prefeitura de Curitiba passarão a trabalhar em outro ribeirão do Cajuru, o córrego Jordânia, que acompanha o traçado da rua Augusto Forbeck, num trecho de 400 metros entre a rua Santa Lúcia e Eduardo Novick.

Balanço - Desde 2005, a administração municipal investiu R$ 81,6 milhões em obras de prevenção a enchentes. Nesse período, as equipes da Secretaria Municipal de Obras Públicas fizeram a limpeza nas margens de rios da cidade numa extensão de 755 quilômetros, de onde retiraram 1,1 mil toneladas de lixo.

Além da faxina geral nos rios e córregos, o combate a alagamentos é feito com a prevenção da erosão - quando a terra e a vegetação ao lado dos rios escorregam para dentro da água. O valor investido nesse serviço foi de R$ 7,8 milhões.

A prevenção contra enchentes também é feita com a manutenção da rede de galerias por onde escorre a água da chuva, que os técnicos da área de saneamento chamam de "microdrenagem", pois a "macrodrenagem" é feita pelos próprios rios. O investimento geral em drenagem foi de R$ 72 milhões, incluindo ações corretivas e preventivas de drenagem, bem como a construção de pontes e passarelas.

O restante dos recursos, R$ 1,8 milhão, foi usado na dragagem, desassoreamento e desvio de fundos de vale (as regiões que margeiam rios e córregos da cidade).

Além do trabalho do dia-a-dia, a Prefeitura de Curitiba busca soluções de longo prazo evitar os alagamentos tão comuns nas grandes cidade, em especial durante as chuvas de verão.

A Lei Orçamentária Anual deste ano (LOA 2010) prevê a implantação de um plano diretor de macrodrenagem urbana, que terá como base um amplo levantamento de todos os pontos da cidade sujeitos a inundação. "Temos um cadastro com os pontos onde ocorrem inundações e mantemos um monitoramento constante. Em todos os casos temos soluções encaminhadas. O segredo é não deixar para investir só na hora em que os problemas aparecem", afirma o secretário municipal de Obras Públicas, Mário Tookuni.

O secretário afirma também que a Prefeitura de Curitiba tem um projeto de aproximadamente R$ 30 milhões aguardando aprovação do Ministério das Cidades para atender a grande bacia do rio Belém. "A Prefeitura tem projetos e está buscando os recursos necessários para implantá-los", diz Tookuni.

Prevenção e combate a enchentes

Investimento total 2005-2009: R$ 81,6 milhões
- contenção (combate a erosão e proteção de margens de rios): R$ 7,8 milhões
- drenagem (ampliação de tubulações): R$ 58,3 milhões
- 4 pontes de concreto construídas: R$ 1,9 milhão
- correção e prevenção, micro e macrodrenagem, 72 pontes de madeira e 287 passarelas: R$ 11,7 milhões
- dragagem, desassoreamento, desvio de fundo de vale: R$ 1,8 milhão


Nenhum comentário:

Postar um comentário