quarta-feira, 10 de março de 2010

Policial é condenado a 12 anos de prisão por forjar provas da morte do estudante Rafael Zanella

Julgamento durou toda a terça-feira. Crime aconteceu em 1997 e condenado era superintendente do 12.º Distrito Policial


O policial Daniel Luís Santiago Cortes (foto) foi condenado a 12 anos e 10 meses de prisão por forjar provas no caso da morte do estudante Rafael Rodrigo Zanella, em maio de 1997, no bairro Santa Felicidade, em Curitiba. O julgamento do júri popular na 1.ª Vara do Tribunal do Júri começou por volta das 11 horas de terça-feira (9) e foi encerrado na madrugada desta quarta-feira (10), às 1h45. A sentença também determinou a perda do cargo do policial.

Cortes era o superintendente do 12.º Distrito Policial, em Santa Felicidade, responsável pela região onde ocorreu o crime. Ele foi condenado por atirar contra o carro dos policiais que abordaram Zanella para que se criasse uma situação de troca de tiros entre o rapaz e os policiais

Durante o julgamento foram ouvidos os promotores do Ministério Público, os advogados de defesa, as testemunhas do réu e o próprio acusado. Essa foi a quinta pessoa julgada por envolvimento no caso da morte do estudante. Na quinta-feira (11) mais um acusado será julgado. Carlos Henrique Dias era um dos escrivães da delegacia.

Segundo a acusação, Dias teria registrado os fatos de forma distorcida na noite do assassinato. O advogado dele, Antônio Rabello de Mello, diz que não havia como ele saber que tudo se tratava de uma farsa. “Dias não participou da manipulação do local. Era escrivão e chegou à delegacia quatro horas depois da ocorrência. Ele acreditou nos policiais e registrou o que eles contaram”, defende.

O julgamento está marcado para começar às 9 horas, segundo informações da 1.ª Vara do Tribunal do Júri. No total são 21 jurados, sendo que sete serão sorteados para participar do júri popular que irá proferir a sentença.

Na segunda-feira (15) será julgado Maurício Bittencourt Fowler, na época um dos delegados do 12.º DP. Ele teria sido o mentor da farsa e é acusado de tentar convencer os rapazes que estavam com Zanella a confirmar que o jovem era um traficante. Esta versão não corresponde à realidade, segundo o advogado de defesa Arnaldo Busato Filho. “Ele estava em uma partida de futebol quando foi chamado até a delegacia para atender uma situação de emergência. Quando chegou lá, já se deparou com o quadro pronto. Ele foi induzido a acreditar no que a equipe policial relatou que era verdade”, afirma.

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