sábado, 9 de janeiro de 2010

Preso vigilante acusado de participar da morte do estudante Bruno Strobel


Gazeta do Povo atualizado em 09/01/2010 às 15:29
 
A Polícia Militar prendeu, na noite de sexta-feira (8), no Balneário Ipanema, no Litoral do estado, o vigilante Eliandro Luiz Marconcini, que estava foragido desde 2008. Ele é um dos três seguranças acusados de matar o estudante Bruno Strobel Coelho Santos, de 19 anos. O crime aconteceu em outubro de 2007. Os outros dois vigilantes estão detidos.


Havia mandado de prisão em aberto contra Marconcine homicídio, formação de quadrilha e ocultação de cadáver. De acordo com a Agência Estadual de Notícias, responsável pelas informações oficiais do estado, o detido foi encontrado em sua própria casa, na Rua Chimbu, próximo à Avenida Atlântica. Ele foi encaminhado à Delegacia de Pontal do Paraná.

O estudante Bruno Strobel desapareceu no dia 2 de outubro de 2007 e foi encontrado morto uma semana depois, com dois tiros na cabeça, na Rodovia dos Minérios, em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba. Ele teria sido morto por funcionários da empresa de segurança Centronic depois de ter sido flagrado pichando o muro de uma clínica no bairro Alto da Glória. O estudante era filho do jornalista esportivo Vinicius Coelho.


De acordo com as investigações do caso, Bruno teria sido abordado pelo vigilante Marlon Balen Janke. Rendido, o rapaz foi levado à sede da empresa de segurança, onde teria sido espancado por Janke e outros vigias. Durante a agressão, Bruno revelou ser filho do jornalista, o que teria motivado o assassinato. Com o auxílio dos também vigias Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues e Marconcini, Bruno foi levado ao matagal onde foi assassinado.

No dia 17 de outubro, os três seguranças foram presos. Seis meses depois, em 17 de abril de 2008, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) concedeu um habeas-corpus e os acusado foram postos em liberdade. Depois de passar duas semanas soltos, a Justiça deu ordem para que os três vigilantes voltassem para a cadeia. Janke e Rodrigues foram presos novamente e Marconcini permanecia foragido até a última sexta-feira.

A partir da morte de Bruno, a Polícia Federal (PF) desencadeou a Operação Varredura nos estados para fiscalizar armas e munições das empresas regularizadas e fechar empresas clandestinas do setor de segurança. No Paraná, a operação chegou em junho, quando 53 empresas que atuavam na clandestinidade (29 delas só em Curitiba) foram autuadas. A morte de Bruno também mobilizou a Câmara Municipal de Curitiba. Os vereadores aprovaram a proposta de não liberar alvará a empresas de segurança que não estejam cadastradas na PF.

Nenhum comentário:

Postar um comentário