terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Eletrocardiografia digital das ambulâncias do SAMU ajuda a salvar vidas


A tecnologia está ajudando equipes da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba a salvar vidas. Ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e um helicóptero estão equipados com tele-eletrocardiografia digital, tecnologia de ponta que ajuda a salvar vítimas de doenças cardiovasculares graves, como infarto e arritmia.

Nove das 18 ambulâncias do SAMU de Curitiba circulam pela cidade desde novembro passado equipadas com o sistema de tele-eletrocardiografia. O sistema, que é uma parceria com o Ministério da Saúde e Hospital do Coração, de São Paulo, permite ao profissional de saúde ter um diagnóstico mais preciso do paciente ainda em casa, antes do deslocamento para o hospital.

O procedimento pode reduzir em até 20% o número de mortes por doenças do coração. Em Curitiba, foram feitos 39 atendimentos com o novo sistema. "São aparatos que dão mais suporte às equipes e ajudam no trabalho de salvamento", diz Matheus Chomatas, diretor do Serviço de Urgência e Emergência da Secretaria Municipal da Saúde.

As ambulâncias do SAMU são equipadas com um pequeno aparelho (tele-eletrocardiógrafo digital portátil), capaz de transmitir o eletrocardiograma via telefonia celular ou mesmo por telefone fixo. O exame realizado no paciente, em sua residência ou na ambulância, é transmitido para a internet e analisado na central de Telemedicina do Hospital do Coração. O laudo retorna para a ambulância de origem. Todo esse processo dura, em média, cinco minutos.

Esta semana, entra em atividade o helicóptero da Polícia Rodoviária Federal, espécie de Unidade de Terapia Intensiva aérea, também equipado com eletrocardiografia digital. O uso da aeronave na capital paranaense é fruto de uma parceria com a Prefeitura, em que a tripulação e parte dos enfermeiros são da Polícia Rodoviária Federal e a equipe médica, medicamentos e a outra parte da enfermagem são disponibilizados pela Secretaria da Saúde.

No fim do ano passado, o prefeito Beto Richa renovou o convênio com a Polícia Rodoviária Federal do Paraná e Ministério da Saúde para uso do helicóptero até 2014. Em 30 meses de operação, a aeronave fez 820 atendimentos, na capital, região metropolitana e em municípios do Litoral do estado. O índice é o maior do Brasil.

COMO FUNCIONA O SISTEMA DE TELE-ELETROCARDIOGRAMA DIGITAL

1. O médico ou o enfermeiro conecta os eletrodos no peito do paciente;
2. O tele-eletrocardiógrafo capta e grava a frequência cardíaca do paciente em apenas dez segundos;
3. O profissional de saúde entra em contato com a Central do Hospital do Coração (HCor) por um telefone 0800 e informa os dados do paciente, como nome completo, RG, data de nascimento, antecedentes e sintomas;
4. Repassadas essas informações, o atendente do HCor autoriza a transmissão do eletrocardiograma. O exame gravado no aparelho portátil é decodificado em sinais sonoros e transmitido ao HCor por um celular (smartphone), aparelho que permite a transferência de dados em alta velocidade;
5. A Central recebe os sinais, que são decodificados para o traçado do eletrocardiograma, no computador. O tempo total estimado do trâmite é, em média, de cinco minutos;
6. Os cardiologistas do Hcor analisam o exame, elaboram o diagnóstico e o enviam com sugestões de tratamento adequado;
7. O profissional de saúde, que está na casa do paciente ou na ambulância, recebe a informação em formato de mensagem de e-mail. O laudo também é repassado automaticamente para o médico da central de regulação do SAMU local;
8. Pela tela do celular, é possível visualizar o traçado do eletrocardiograma e todas as outras informações sobre o tratamento do paciente. O sistema digital permite o aumento da amplitude do traçado em até 4 vezes



fonte www.pam.curitiba.pr.gov.br

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