quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

SEGURANÇA

Policiais civis de Curitiba e região decidem entrar em greve
Sindicatos de outras regiões do estado também devem optar pela paralisação. Data de início da greve será definida depois de reuniões que serão realizadas em Londrina, Cascavel e Maringá, mas deve acontecer depois do Carnaval

Assembleia realizada pelo Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol) definiu na tarde desta quarta-feira (10) que os policiais civis de Curitiba e região metropolitana vão entrar em greve. Até o fim desta semana, a paralisação deve ser confirmada também em outras regiões do estado. A greve ainda não tem data definida para começar, mas deve ocorrer após o Carnaval.

A reunião do Sinclapol durou três horas e contou com a participação de cerca de 250 policiais. Depois de votação, a maioria deles optou pela greve. “Tivemos que tomar essa decisão já que o Executivo estadual não tomou nenhuma atitude para atender os nossos pedidos”, afirma o presidente do sindicato, André Gutierrez. A principal reivindicação dos policiais está relacionada ao plano de cargos, carreiras e salários (PCCS) da categoria. O decreto 5.721, assinado há mais de quatro anos, em 2005, estabelece um plano para a classe, no entanto este PCCS ainda não foi concluído.

A relação de cargos chegou a ser apresentada para os policiais, mas os salários não foram definidos. “O governo do estado prometeu apresentar a tabela de vencimentos na primeira semana de janeiro, mas isso não aconteceu”, conta Gutierrez. Além do PCCS, a categoria pede melhores condições de trabalho para os profissionais da área. Segundo o Sinclapol, as delegacias estão superlotadas e o efetivo da categoria é insuficiente, o que obriga muitos policiais a cuidar dos presos ao invés de trabalhar na investigação dos crimes. De acordo com o sindicato, atualmente, são 3,3 mil policiais em todo o estado. Deste total, cerca de 2 mil atuam em Curitiba e região.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp-PR) que informou que não vai comentar a definição de greve dos policiais civis.

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